O ditado popular é bem sábio. Aqui estou eu de volta a Maputo, Moçambique. Só para dar uma atualizada, já que nao acesso internet desde quarta-feira da semana passada.
De Nelspruit, na Africa do Sul, peguei um onibus de mochileiro para a Swaziland. La me hospedei em talvez um dos melhores albergues da Africa Austral, o Sondzela. O albergue fica dentro de uma reserva particular, em uma regiao muito bonita. Tanto o jantar quanto o almoço sao preparados a moda Swazi: em uma fogueirinha. Me deu um flashback de Malawi, onde vivi seis meses, cozinhando a mesma maneira. No Sondzela toda a equipe é formada por trabalhadores locais, o que lhe da mais aquela cara de Africa do que na Africa do Sul. Mas a Swaziland nao e ainda aquela Africa que conheci. Tanto quanto na Africa do Sul, o ocidente prevalece mais do que as origens africanas. Eu fui para a Swaziland porque me lembro como se fosse hoje uns mochileiros canadenses que conheci no Malawi me falarem que foi o pais que mais os havia impresionado do ponto de vista cultural. Por isso, fui atras das raizes culturais do pais. Fui em uma fabrica de batiques e em outra de velas, vi artesas que trabalham com fair market e tal. Vi também como era uma vila típica Swazi e sua dança. Enfim, fui TURISTA! Mas nada me deixei muito impressionada. Tudo era muito turístico, meio fake. A única coisa que me impressionou mesmo foi o esfoliante facial feito de marula. Nosssssaaaaaaaaaaa, estou parecendo uns cinco anos mais nova. É como se tivesse descoberto a fonte da juventude.
Beincadeiras a parte, a Swaziland me lembrou um pouco o Malawi, sim. E, infelizmente, isso nao é uma referencia das mais promissoras do meu ponto de vista. A paisagem é bem parecida, o ritmo tambem. Tudo é muito devagar. Gostei mesmo do jeito das pessoas falarem, da tranquilidade e do aparente bom humor. Esses aspectos me pareceram bem melhores do que no Malawi. Mas a falta de energia nas ruas a noite, me lembrou muiiiiiiiiiito o Malawi. Por isso, nao me arrisquei a sair do albergue a noite. Afinal, no Malawi cai em uma boca de lobo. La na Swaziland, poderia cair na boca do proprio lobo, ja que estava em uma reserva privada. Alias, nao consegui checar meu email la porque o pessoal do albergue me desaconselhou. Teria que andar uns 15 minutos a pe (a velocidade local, provavelmente, uns dez minutos na minha velocidade, que é lenta!). "O perigo nao sao os homens, sister. O perigo sao os animais", disse a senhora do albergue. Tive que seguir o conhecimento local.
Na sexta-feira, queria fazer um safari a cavalo, mas nao deu tempo. É que mais nove pessoas do meu albergue iriam viajar para Moçambique. Daí, por questoes de segurança, preferi vir com eles do que ter que pegar a lotaçºao sozinha, ainda mais para atravessar a fronteira.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
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