sábado, 21 de novembro de 2009

Mulher da cor do tempo

Hoje, na volta de Luanda a São Paulo, li "O livro da paz da mulher angolana - as heroínas sem nome". Deliciosa leitura, cheia de história, de garra, de sofrimento, de luta. Uma visão da importância da mulher na construção da paz e um tapa de luva de pelica em conceitos vazios de desigualdade de gênero. A mulher, mesmo em tempos de guerra, carrega em si humanismo e, com ele, carrega a humanidade.

Aqui vai uma pequena homenagem à mulher angolana, com algumas poucas fotos que fiz durante essa última estadia no país e um texto de Dya Kasembe:

"Há no teu olhar
Toda a violência que Angola tem

Há nesse olhar
Toda a bondade da humanidade

No teu olhar
Mulher da cor do tempo
a ironia da vida, e a dor do mundo habitam

Eu vi no teu olhar
Mulher da cor do tempo
O mar se afogar nas tuas lágrimas

Nesse olhar
Mulher da cor do tempo

Perdi-me
encontrei-me
Nesse olhar
Mulher da cor do tempo
Vi olhares de todas as mulheres"





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