Por Cecília da Costa e Dino Jimbi
Acontecem hoje dia 5 de Setembro as segundas Eleições Legislativas em todo o território angolano. Em Benguela, os brigadistas da Associação Omunga foram divididos em dois grupos, um que tem como área de jurisdição os Municípios da Baia-Farta e Benguela e o outro os Municípios do Bocoio e Lobito. A equipa de Cecília e Dino partiu as cinco horas e vinte minutos chegou lá por volta das seis e meia ao Bocoio que dista a setenta e cinco kilómetros do município do Lobito, a norte da província de Benguela, com uma população estimada em 163 mil 714 habitantes, dentre os quais constam 53 mil 832 eleitores. O mesmo município conta com 88 assembleias de voto e cada uma delas com quatro mesas de voto e por sua vez cada uma das mesas com capacidade de atender 250 eleitores.
Por volta das seis horas e trinta minutos os eleitores já tinham formado as filas na escola Rei Mandume, no Município do Bocoio para exercerem o seu dever cívico. A equipa das mesas esteve composta por um presidente, uma secretaria, dois escrutinadores, um polícia eleitoral, quatro delegados de listas representando os partidos politicos, e um observador nacional. O escrutínio começou as sete horas previsto em todo o país. Antes do escrutinio verificou-se as urnas na presença dos observadores nacionais que por sinal eram da Plataforma Eleitoral e de três delegados de lista representando o MPLA e um representando a UNITA, os outros partidos não se faziam presentes. Depois de confirmada o vazio das Urnas o presidente de mesa foi o primeiro a votar mas alegando que podia votar na outra mesa, e a seguir os outros elementos da equipa. Por ausência de mesas de voto móveis, os doentes hospitalizados tiveram que exercer o seu direito de voto nas mesas fixas acompanhados pelas enfermeiras e estes foram priorizados devido a sua condição de saúde, visto que alguns apresentavam uma grande debilidade física. Segundo o director do gabinete eleitoral daquele Município, Zacarias Mário Buengue de 37 anos, a ausência do pessoal responsável pela movimentação das urnas condicionou a falta de urnas móveis.
Os eleitores afluíram massivamente as filas e quando eram nove horas e trinta minutos já haviam exercido o seu voto, deixando as mesas sem eleitores. Trinta minutos depois no olhar atento da equipa em trabalho foi notória a chegada de duas carrinhas cheias de eleitores, segundo fontes oficiosas, alguns partidos políticos dispensaram meios de transportes para levar os seus eleitores aos locais de votação para exercerem o seu voto.
É também de realçar a entrevista cedida pelo director do gabinete Eleitoral daquele Município que segundo o mesmo, o material para a votação foi levado de helicóptero àquelas zonas onde transportes terrestres não chegam. Ainda na sua opinião até doze horas não havia se registado nenhum incidente, apenas receava que os boletins de voto não serem suficientes para todos os eleitores.
No período da tarde já de regresso ao Lobito observou-se um certo vazio de eleitores nas assembleias de voto em quase todo município mas acreditamos que nem toda população tinham exercido o seu dever cívico eleitoral.
*Cecília e Dino são brigadistas da Associação Omunga.
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