quinta-feira, 31 de julho de 2008

Enfim estou em Maputo!

Texto escrito em outubro de 2003 para amigos que se preparavam para ir da Inglaterra para trabalhar como voluntários em alguns países da África.

Arriving in Maputo was a shock, not because of the conditions of the city, but because of the fact that everybody speaks my language and it is pretty strange to realise that. They not only speak my language, but they are also (as I do) crazy for Brazil. They watch Brazilian soap operas, they listen Brazilian music, they love Ronaldo, and they are more than anxious to welcome a Brazilian singer that is coming to the country on November and whose program is on TV every Sunday. Ahh, they also go to the church…. a Brazilian church called Igreja Universal do Reino de Deus. It is amazing. I can tell you guys: learn the language of the country you are going because you have a great advantage. Shari is doing really well. She can communicate to the people, and I am sure that in one or 2 months she will be speaking quite well. We stayed one day in Maputo when we went to visit the city. It is not so dirty, but it is extremely poor if we take into consideration that it is the capital of the country. The streets are pavimented, but just 1/3 of the houses has clean water and sewage system. The buses are called chapas and actually they are mini buses that can fit as many people as go inside. Everybody is welcome. If you just leave the city center, you can see streets that are not pavimented and very simple houses made by palha (I don’t know the name in English) and bamboo.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Enfim em Joahnnesburg!

Eis que vasculhando meus emails, acho um email que escrevi em outubro de 2003 para alguns amigos que se preparavam para ser voluntários na África. No email, dividido em três partes, que postarei em três dias aqui, conto um pouco das minhas primeiras impressões na África e dou dicas para os próximos voluntários que lá chegarão. Pisei no continente pela primeira vez no dia 24 de setembro de 2003. Fiquei em Joahnnesburg por dois dias, depois segue para Maputo e, enfim, para Beira, onde morei. É claro que essas são primeiras impressões que não refletem necessariamente o que penso hoje.
O único inconveniente do email é que foi escrito em inglês. Mas vou ver se acho os outros vários que escrevi em português. Ah, meu inglês melhorou bwé nesses últimos cinco anos!


JOAHNNESBURG (extra luggages, currency exchange etc.)The first step is getting to Joahnnesburg. As soon as we left the airplane a guy that worked for the airport came to help us to carry our stuff. Of course: we were full of things, we are women and we are white. Never mind, it was of providencial assistance. We jumped the line at the immigration and after 5 minutes we were next to our luggages. Ops: we were carrying lots of things because the guy (Pound Saver) that sold the tickets said that we could carry 20 kg extra but when we did the check in they only allowed us to carry 3 kg extra. Then we had to hide the 20 kg extras in our hand luggages. So, try to arrange these extra kg before with the Pound Saver man.After taking the luggages we met the people from the hotel that we stayed (Africa Center). They took us to the hotel what was a good idea because Joahnnesburg can frightened even me that I am from Sao Paulo. In the airport parking lot some men tried to carry our luggages, and all of them were asking for money.After this premier, we weren’t so excited to go to the city center. We prefered to do what the hotel suggested: go to a Mall. Then I realised that all the Malls wherever we go are the same. Even in the windows, the manequins were white. I saw just one black manequim inside a store. Detail: without head, only the body. After being there for some hours my feeling was that the apartheid hasn’t finished yet. Even in the hotel, all the high staff was white, and the ones that had to do the hard service were black. The guy that took us to the bus station was black, and I couldn’t see his eyes because he was afraid of looking at us since he didin’t seem to look to the other white people that call the shots there.In South Africa, they accept all kinds of currency but they never accept coins in other currencies. So take only bank notes. The currency change is the same as in England if you go to a bank, but in the hotel you can loose more money. It was what happened with us. I had 10 pounds in notes and Shari and I had more 10 euros in notes. Since we didin’t get pocket money for this trip we had to expend this money to pay the taxi from the hotel to the bus station. It costed us almost 18 pounds. And we had arranged the price before, but this kind of services are expensive there.The next day, we took off to Maputo by bus. The bus is really good. It took us 8 hours to get to Maputo. In the border, they charged us a tip of 5 dollars. But we were really lucky, and I remembered that my father gave me exactly 5 dollars before I left Brazil just in case I would need it. That was the only money that we had.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Loucos pelo Brasil - Da série não publicadas 4

A dona de casa Amélia Dinga, de 23 anos, não perde um capítulo da novela “O Clone”. Todos os dias, às 20h30, ela vai ao cinema perto de sua casa, em Beira, para assistir à novela. O cinema funciona em uma espécie de tenda, com cobertura de lona, sustentada por quatro pedaços de bambu. A televisão de 24 polegadas capta a atenção dos espectadores. O dono do cinema aluga a fita de vídeo com os capítulos de “O Clone” por dez mil meticais (cerca de R$ 1,5) e cobra mil meticais (cerca de R$ 0,15) por sessão. A novela é disputada. Sentados em bancos feitos de madeira ou mesmo no chão de terra batida, os espectadores se apertam para não perder nenhum momento.

Para Amélia, a sessão de cinema noturno e sua única diversão. Nada mais merecido para quem levanta todos os dias às 4h30 para fritar biscoitos, que vende durante o dia em um mercado de rua da cidade. Ela tem três filhos, cada um com um pai diferente. As crianças não conhecem seus respectivos pais. Todos fugiram antes dos filhos nascerem. Amélia diz que seu “coração é 100% brasileiro”. Ela sabe muito sobre o Brasil, informações todas obtidas nas novelas. Já ouviu falar de Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro. Seu sonho é visitar o Brasil. Ela só tem uma reclamação. A novela “Terra Speranza” (no Brasil “Esperança”) vai ao ar pela Televisão de Moçambique (TVM ) no mesmo horário que a sessão de cinema começa.

O vendedor José Matabele, de 20 anos, está mais interessado na vinda do cantor e apresentador Netinho de Paula para Moçambique, neste mês, do que na visita do presidente, conhecido aqui como Lula da Silva. O programa de Netinho é transmitido em Maputo pelo canal Miramar, que recebe o sinal da Record. Os programas da Globo e da Record podem ser assistidos em todo país por quem tem tv a cabo. Netinho é um dos muitos artistas brasileiros que fazem sucesso aqui. Na rádio, Sandy & Jr., Leonardo, Falamansa disputam as paradas com Roberto Carlos, Kelly Key e É o Tchan. O Bonde do Tigrão também passa por aqui.

Muitos moçambicanos já imitam o sotaque brasileiro. Influência não só das novelas, mas também dos pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, que está espalhada por todo país. Os moçambicanos adoram Ronaldinho, Ronaldo, Rivaldo. Dizem que torceram para o Brasil na Copa de 2002. As fotos dos jogadores estão estampadas em cadernos escolares, nas camisas, nos chinelos e nas capulanas (cangas), utilizadas pelas mulheres como saia.Nos mercados, leite condensado, balas, frango e leite são brasileiros. E, apesar de o Brasil não ser considerado um dos grandes parceiros comerciais de Moçambique, a rádio anuncia pela manhã o fechamento do dia anterior da Bovespa. É nos mercados também que os moçambicanos podem comprar revistas brasileiras de meses anteriores, como IstoÉ, Caras e Exame. Se atualizam com as noticias e com as fofocas sobre os artistas que fazem novelas.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Da série matérias não publicadas 3

Setor mineiro pode aquecer economia moçambicana*

A expansão bem gerida do setor mineiro em Moçambique é considerada fator essencial para o crescimento econômico do paés e a melhoria da qualidade de vida da população. A afirmação está no Plano de Ação para a Redução da Pobreza Absoluta 2001-2005 (Parpa). O documento, elaborado em 2000, traça as diretrizes para as políticas sociais e econômicas do país na tentativa de redução da pobreza.

Segundo o Parpa, a incidência da pobreza absoluta atinge 69,4% da população moçambicana. Ou seja: 2/3 da população vive abaixo da linha da pobreza, com menos de um dólar por dia. Nas zonas rurais, onde vivem 80% da população, a incidência de pobreza absoluta é de 71,2%. A renda per capta e de cerca de 170 dólares por ano, menos de R$ 1,5 por dia.

O Censo 1997 apontou uma população de aproximadamente 17 milhões de habitantes. De acordo com o Parpa, em 2004 a população poderia crescer ate 18.972.396, mas, devido à epidemia de Aids, o numero pode ser reduzido a 17.867.213. A previsão e de que de 2001 a 2004, 1.105.183 moçambicanos morram por causa da Aids.

A Aids, segundo o Parpa, pode contribuir para a diminuição da expectativa de vida. Em 1997, a expectativa de vida era de 42,3 anos. As estimativas para 2004, sem o impacto da Aids, apontam para 46,3 anos. Com a Aids, entretanto, estimativas indicam que a expectativa de vida pode ser de 35,2 anos.

O Parpa não indica o índice de desemprego da população, estimado em 21%, segundo dados da CIA (agência de inteligência americana), em 2001. Segundo o Parpa, enquanto nas zonas urbanas os não-pobres tendem a ter mais chances de trabalho do que os pobres, nas zonas rurais não existem diferenças neste aspecto. Nessas zonas, não é o emprego em si, mas outros fatores, como o montante do salário ou o número de dependentes, que são os maiores determinantes da pobreza. Nas zonas rurais, aproximadamente todas as pessoas trabalham no setor agrícola, mais particularmente os pobres. Nas zonas urbanas, menos de 1/3 dos não-pobres trabalham na agricultura, sendo este grupo mais representado nos setores de “comércio e serviços” e “serviços públicos”.

Moçambique tem déficit dramático em profissionais com formação superior. Em 2000, no setor de educação, havia 752 profissionais com formação superior. Em 1998, toda administração pública tinha apenas 3% de profissionais com nível superior.

Os dados econômicos, no entanto, apontam para um país que vem crescendo. Segundo a CIA, em 2002, a economia moçambicana cresceu 8%, sendo o 12o maior crescimento no mundo, com uma inflação estimada em 15,2% ao ano. Em 2000, o crescimento industrial foi de 3,4%.
Indústrias de alimentos, bebidas, químicas, alumínio, produtos petrolíferos, cimento, vidro e tabaco estão instaladas no país. Segundo os dados da CIA, o setor industrial representa 23% da economia, o agrícola, 22% e o de serviços, 55% (2001).

Em 2002, o país exportou 680 milhões de dólares e importou 1,18 bilhões de dólares. Os principais parceiros comerciais para exportação são a África do Sul, o Zimbábue, o Japão, Portugal e Espanha. As importações vêm da África do Sul, de Portugal, dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Austrália.

*matéria escrita em 2003. A Vale ganhou a concorrência para explorar Moatize em 2004.

domingo, 13 de julho de 2008

Da série matérias não publicadas 2...

Visita traz esperança a moçambicanos*

A exploração de carvão, o programa Fome Zero e as negociações para a instalação de uma fábrica de medicamentos antiretrovirais em Maputo, capital de Moçambique, são as principais expectativas levantadas pela imprensa moçambicana para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar de considerar a visita como relâmpago, a imprensa local deposita na vinda de Lula a Moçambique o aumento das relações de cooperação entre os dois países.

A visita tem sido anunciada uma semana antes por jornais e pela televisão, com destaque para a delegação de empresários que acompanha o presidente. A imprensa considera o Brasil como um país de confiança e que está superando os problemas da pobreza com tecnologia de ponta, programas sociais e no combate à Aids. Na sexta-feira antes da visita do presidente brasileiro, a edição do semanário independente Savana, que sai todas às sextas, a chamada de capa dizia “Lula da Silva: a esperança dos doentes de Sida”. No sábado retrasado, uma matéria na contra-capa do jornal “Diário de Moçambique”, anunciava a vinda de Lula como um “reforço das relações de amizade e de cooperação que podem gerar investimentos e desenvolvimento a Moçambique”.

Segundo a imprensa moçambicana, Lula deve se encontrar hoje (terça-feira) com o presidente Joaquim Chissano, em Maputo, e depois deve visitar projetos que contam com a assistência técnica do Brasil. O presidente deverá assinar acordos complementares nas áreas de Educação, Saúde, Administração Estatal, Juventude e Desportos, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Agricultura, Recursos Minerais e Energia. Há expectativa de que uma parceria seja firmada entre o Laboratório Formaguinhos e o governo moçambicano para a instalação de uma fábrica de medicamentos anti-retrovirais, em Maputo, apesar de o governo brasileiro afirmar que existem dificuldades técnicas para que parte do resíduo da dívida moçambicana de cerca de 20 milhões de dólares com o Brasil possa ser usada na construção dessa fábrica.

Está prevista também uma visita do presidente a Tete, na região central, onde fica a mina de carvão de Moatize, a maior do país, localizada no Vale do Zambeze, que tem potencial de exploração estimado em mais 50 anos. De acordo com cálculos do governo moçambicano, os investimentos para a exploração do carvão e a reconstrução de 500 km de linhas férreas destruídas durante os anos de guerra são da ordem de 700 milhões de dólares. O investimento, somente na exploração das minas, com reservas estimadas em dez milhões de toneladas de carvão, é avaliado em 300 milhões de dólares.

O empresariado moçambicano está otimista quanto à possibilidade da Companhia Vale do Rio Doce fechar negócio no país. “Se o projeto de exploração do carvão sair do papel, surgirão muitas oportunidades de negócios paralelos”, diz Zaide Aly, presidente da Associação Comercial da Beira. Beira é a segunda maior cidade de Moçambique, com 500 mil habitantes, a 1.300 km da capital Maputo, onde está localizado um dos portos mais movimentados do país, ponto final da linha férrea que deverá ser utilizada para o escoamento do carvão.


*matéria escrita por mim no final de outubro de 2003. Será que o investimento brasileiro em Moçambique está dando resultados positivos?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Da série matérias não publicadas....

A seguir, trechos de uma matéria que escrevi há cinco anos antes de uma viagem de Lula à África e antes das eleições autárquicas em Moçambique. Pois bem, escrevi a matéria que seria publicada por um jornal de circulação nacional com sede em São Paulo. Tudo certo até o dia da publicação. O editor me avisa de última hora que não teria como me pagar pela matéria, mas que o espaço estava aberto se eu quisesse publicar o texto. @#$$%^^&&, pensei. E não publiquei não apenas pelo desrespeito profissional, mas também porque acho deplorável essa mentalidade de que é um favor que o jornal faz em dar espaço para uma matéria escrita a partir de Moçambique.
Cinco anos depois, aqui está. O assunto ainda gera polêmica.


Frelimo pode se beneficiar de visita de Lula

A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Moçambique às vésperas das eleições municipais que acontecem no país no dia 19 de novembro poderá beneficiar os candidatos da Frente para a Libertação de Moçambique (Frelimo), principalmente nas regiões onde o partido de oposição Resistência Nacional de Moçambique (Renamo) teve maior adesão nas eleições presidenciais anteriores. A Frelimo é o partido do presidente moçambicano, Joaquim Chissano, conhecido por sua linha ideológica de esquerda. A análise é do articulista político do jornal independente moçambicano Zambeze, Alberto Paulo Chissico.

O motivo, segundo ele, é que a vinda de Lula e de mais uma delegação de empresários poderá ser utilizada na campanha política que se iniciou na terça-feira passada em favor da Frelimo. Segundo a lei eleitoral moçambicana, somente 15 dias antes da realização da votação os candidatos podem começar a campanha eleitoral, com showmícios e a divulgação direta aos eleitores de seus planos de governo. Estima-se que mais de dois milhões de moçambicanos irão às urnas no próximo dia 19, nos 2.688 postos eleitorais espalhados pelo país. Em Moçambique, o voto não é obrigatório, e todas as pessoas com mais de 18 anos, que possuem título de eleitor podem votar.

“Os moçambicanos confundem partido político com atividade de estadista”, diz Chissico. “Por isso, não ficarei surpreso se a Frelimo usar a visita do chefe de Estado brasileiro a seu favor, instigando o povo a achar que a Frelimo, como partido político, é que é a responsável pela vinda de Lula e dos empresários, e dos conseqüentes investimentos e empregos que isso possa vir a gerar”, afirma ele, que considera a visita muito positiva para Moçambique do ponto de vista econômico. A Frelimo diz que a visita de Lula coincidiu com a proximidade das eleições, mas que não interferirá na campanha política.

Essas são as segundas eleições municipais no país. As primeiras, realizadas há cinco anos, foram boicotadas pela Renamo, maior partido de oposição, que alegou à época que a legislação para a formação dos 33 municípios do país apresentava algumas inconstitucionalidades. Sem concorrência, a Frelimo elegeu todos os prefeitos.

Dessa vez, depois de mudanças nas leis, a Renamo está disputando as eleições em 32 dos 33 municípios. Em Mocuba, município do estado Zambézia, na região central de Moçambique, o candidato da Renamo José Manteiga foi impedido de concorrer às eleições pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) porque apresentou atestado falso de residência.

Segundo o jornalista Rodrigues Luis, do jornal independente Savana, os candidatos da Renamo teriam mais possibilidades de ganhar as eleições na região central e em alguns municípios do norte do país, onde o partido recebeu maioria dos votos nas últimas eleições presidenciais, em 1999. A imprensa local tem divulgado pesquisas eleitorais que apontam vitória da Renamo em 14 municípios do país. Se as previsões se confirmarem, será uma derrota política para a Frelimo e um forte indicativo de que, no próximo ano, quando se realizam as eleições presidenciais, o partido que sempre governou o país terá dificuldades para continuar no comando.

Oposição tem receio

A passagem de Lula por Moçambique tem motivado o ressurgimento de boatos sobre uma possível fraude nas primeiras eleições presidenciais em Moçambique, realizadas em 1994. Na ocasião, um instituto de pesquisa brasileiro foi contratado pela Frelimo para fazer as pesquisas de intenção de votos dos moçambicanos. Em todas as regiões, as pesquisas apontavam uma vitória esmagadora da Frelimo contra o candidato da Renamo, o que não se confirmou nas urnas em várias cidades.

Segundo a Renamo, o instituto de pesquisa brasileiro teria fraudado as pesquisas, o que teria ajudado a levar a eleição de Joaquim Chissano para a presidência do país. Em troca da contratação da empresa brasileira e da suposta fraude nas pesquisas, o Brasil receberia facilidades e benefícios para a exploração de alguns setores em Moçambique.

“Espero que a visita de Lula não seja uma opção política, mas econômica, de cooperação”, diz o dono de uma empresa de comércio de camarão vivo, Mario Barbito. “Se ele vem como camarada, a visita fica vazia. Que venha como presidente brasileiro. O interesse é de todos em ampliar os laços de cooperação entre os dois paises”, completa ele, que estuda a possibilidade de fechar um acordo com uma empresa brasileira na área de aquacultura.

Nas duas eleições presidenciais realizadas no país, em 1994 e em 1999, a Renamo alegou fraudes nos resultados, que deram vitória a Frelimo. Em 1999, o partido de oposição submeteu um recurso ao Tribunal Supremo na tentativa de invalidar os resultados das eleições, mas o recurso foi julgado improcedente.

Inconformada com os resultados, a Renamo liderou manifestações populares em todo o pais, que resultaram com a morte de policiais. Vários suspeitos de terem participado dos protestos foram detidos arbitrariamente, e 200 deles morreram numa cela por asfixia.

O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, afirma que não vai tolerar mais fraudes. Em caso de fraudes, ele diz que a Renamo irá governar mesmo que oficialmente não seja declarada como vencedora.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Deu na BBC para África


Para ler reportagem na íntegra, clique aqui.

Na segunda-feira, 7/7, ouça o Jornal da Manhã da BBC para África.

Para mais informações sobre o DVD, visite www.minibusmedia-dvdeleicoes.org.

Para solicitar um DVD, envie email para dvdeleicoes@gmail.com

terça-feira, 1 de julho de 2008

Serviço: informações em português

Queria abrir um parêntesis aqui para divulgar o serviço do Pambazuka News em português.
Visite http://www.pambazuka.org/pt/ e obtenha informações sobre a África em português.